Valor foi calculado com base no volume produzido e nos preços médios recebidos pelos agricultores dos 21 principais produtos agrícolas
A Secretaria de Política Agrícola (SPA), do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), apresentou um relatório sobre o Valor Bruto da Produção (VBP) em que o faturamento bruto total das lavouras brasileiras em 2018 atingiu o montante de R$ 383,87 bilhões. Este valor foi calculado com base no volume produzido e nos preços médios recebidos pelos agricultores dos 21 principais produtos agrícolas.
O ranking dos cinco produtos que apresentaram maior faturamento foi o seguinte: soja em primeiro lugar, com R$ 142,36 bilhões, que equivale a 37% do faturamento total; cana-de-açúcar, em segundo, com R$ 61,08 bilhões (16%); milho, em terceiro, com R$ 47,12 (12%). Na sequência, em quarto lugar, algodão herbáceo, com R$ 33,99 bilhões (9%); e o café, em quinto lugar, com R$ 24,92 bilhões, cujo faturamento representa 6,5% do total.
Estimativas preliminares para 2019 indicam que o faturamento bruto da lavoura cafeeira deverá cair 10% e atingir o montante de R$ 20,77 bilhões. Essa redução ocorre por causa do efeito da bienalidade negativa, que aponta uma queda de 10,8% na produção em 2019, se comparada com a safra colhida no ano passado. A bienalidade é um fenômeno da cafeicultura, sobretudo do café arábica, que alterna produção maior em um ano e menor no ano seguinte.
Esta edição do VBP também destaca que, em 2018, o faturamento bruto do café foi de R$24,92 bilhões. O arábica teve receita estimada em R$ 19,96 bilhões, que representa em torno de 80% desse montante, e o café conilon, apresentou R$ 4,96 bilhões, sendo 20% do total. Sobre as regiões, a sudeste contou com faturamento de R$ 21,93 bilhões, correspondendo a 88%; a nordeste, com R$ 1,59 bilhão (6%); a norte, com R$ 808 milhões (3%); a sul, com R$ 420 milhões (2%); a centro-oeste, com R$ 175 milhões (menos de 1%).
O cálculo do VBP do café tem como base a safra anual estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os preços médios recebidos pelos produtores divulgados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Universidade de São Paulo (USP).
As informações são da Embrapa, por Lucas Tadeu Ferreira e Jamilsen Santos.▼
