Por: Blog TC.
Moeda é algo presente e necessário no nosso dia a dia. É certo que a forma que utilizamos a moeda vai modificando ao longo do tempo. Atualmente, não utilizamos moeda de ouro ou de prata para a realização das transações de compra e/ou vendo de bens e serviços. Durante muito tempo o que mais utilizamos foi o dinheiro em papel. Hoje ainda utilizamos, mas é cada vez mais comum o aumento na utilização de outros meios de pagamentos digitais (PIX, cartão de crédito etc).
Entretanto, um ponto de destaque é que a moeda é um importante motor da economia. Pode ser entendida como sendo um lubrificante para que as engrenagens possam funcionar de forma mais eficiente. Como tudo não são flores, mesmo podendo fazer o bem, as moedas também podem fazer mal quando criada de forma indiscriminada.
O que é moeda?
Moeda é um instrumento no qual é possível realizar as transações, ou seja, comprar e vender algum produto ou serviço. Para ser considerada e aceita como sendo uma moeda, é necessário ter algumas características, que são elas:
1 - Instrumento ou meio de troca;
2 - Servir como um padrão de medida;
3 - Reserva de valor.
A Teoria Quantitativa da Moeda (TQM)
Basicamente, a Teoria Quantitativa da Moeda teve o seu registro lá em no século XVIII com o filósofo e economista David Hume (1711-1776). A Teoria lança um olhar sobre a interação entre a quantidade de moeda e as outras variáveis macroeconômicas. A premissa da TQM é que as pessoas no geral guardam dinheiro para conseguir comprar produtos e serviços. Um ponto importante a ser destacado é que a teoria, não só a TQM, mas outras teorias econômicas e até de outras áreas, assumem algumas premissas para simplificar a realidade que é bem complexo e conseguir chegar a resultados que expliquem de forma satisfatória algum fenômeno.
Nesse sentido, assumindo que as pessoas guardam dinheiro para conseguir comprar produtos ou serviços, quanto maior for a necessidade de moeda para comprar um determinado bem ou serviço, maior será a quantidade de moeda que precisará ser guardada.
Ah, outro ponto de destaque aqui é em relação a moeda. Só para que fique claro, quando falamos neste texto em moeda, não estamos nos referindo somente a moeda metálica que conhecemos, mas moeda no sentido amplo (papel-moeda, moeda metálica etc).
A equação da Teoria Quantitativa da Moeda
Partindo da premissa que as pessoas guardam moeda para comprar produtos ou serviços e quanto maior for a necessidade de moeda para conseguir realizar alguma transação de compra ou venda, mais moeda será guardada. Assim, o primeiro ponto elencado pela TQM é de que a quantidade de moeda disponível na economia tem relação com a quantidade de unidades monetárias trocadas nas transações.
Nesse sentido, chega-se à equação quantitativa:
Moeda x Velocidade = Preço x Transações
M x V = P x T
Destrinchando a Equação Quantitativa
Os elementos envolvidos na equação são familiares, pois são coisas que vemos no dia a dia, com exceção dessa clareza para a “velocidade”, mas vamos entender bem cada um desses pontos presentes na equação.
Observando inicialmente o lado direito da equação, ou seja, a multiplicação entre o preço e as transações, temos que as transações nada mais são do que o número de vezes em um determinado ano, que produtos e serviços são trocados. Ou seja, quando ocorre um ato de compra-venda. Basicamente, as transações nada mais são do que a quantidade de vezes que um ato de compra-venda é realizado. Quanto mais compras e vendas de produtos, maior a transação e o inverso são verdadeiros.
Já o preço, é autoexplicativo. É a quantidade de unidades monetárias para realizar a troca. Por exemplo, R$ 10,00; R$ 100,00 etc.
Fazendo a multiplicação, temos a quantidade de moeda (unidades monetárias) trocadas em um ano. Por exemplo, supondo que em um ano no Brasil foram realizadas 10mil transações a R$ 1,00 cada uma. Logo, neste ano, a quantidade de moeda trocada foi de 10 mil, que é o resultado da multiplicação.
O outro lado da equação
Do outro lado da equação temos inicialmente a moeda, que corresponde exatamente a quantidade de moeda disponível na economia. Já a velocidade representa a quantidade de vezes que uma unidade monetária troca de mãos ao longo de um determinado período de tempo.
As implicações da equação
A equação é uma identidade, ou seja, sempre será uma igualdade entre os dois lados. Sendo assim, quando alguma das variáveis é alterada, necessariamente, uma ou mais variáveis restantes são modificadas, com o objetivo de manter a igualdade.
Dificuldades encontradas na Teoria Quantitativa da Moeda
Um ponto de destaque é em relação à dificuldade em captar a quantidade de transações de forma precisa. Visando resolver essa questão, há uma substituição das transações pelo produto da economia (PIB). Transações e produtos não são a mesma coisa, mas são relacionados.
Nesse sentido, o produto funciona como uma proxy, ou seja, como uma aproximação para as transações. O racional por trás dessa substituição é de quanto mais uma economia produz, mais produtos e serviços são comprados e vendidos.
A Teoria Quantitativa da Moeda e suas implicações
De forma sintética, a TQM lança um olhar sobre o que determina o nível geral de preços da economia. A teoria tem então três fundamentos, que são eles:
Trazendo para algo mais palpável, a capacidade produtiva da economia, ou seja, o máximo que é possível produzir a partir da disponibilidade de máquinas, mão de obra etc, determina o PIB real.
A quantidade de moeda determina o PIB nominal, ou seja, o PIB sem descontar a inflação e o deflator do PIB é dado pela razão entre o PIB nominal e o PIB real.
Considerações finais
Diante dos elementos apresentados, a TQM ao considerar a velocidade fixa, qualquer mudança na oferta monetária leva a um reajuste nos preços (P) e no produto (Y), que ficam do lado direito da identidade. Como a capacidade instalada de produção determina o patamar da produção e não é flexível no curto prazo, o ajuste fica via preços.
Sendo assim, a TQM postula, basicamente, que o banco central, que é quem detém a oferta monetária, tem o controle efetivo sobre a taxa de inflação.
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