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Mesada na infância: bom ou ruim para os hábitos financeiros no futuro?

29 de Janeiro de 2025

Escrito por: Valor Investe:

Sabe aquele aquele “dinheirinho" dado pelos avós na infância? Forma caráter. Ainda que em pequenos valores, essa mesada influencia a forma como muita gente adulta hoje organiza suas finanças, segundo um levantamento realizado pelo Mercado Pago.

Ao ouvir 2.902 clientes de todas as regiões do Brasil, o banco digital do Grupo Mercado Livre identificou que 30% recebiam algum dinheiro dos avós. Dentre esses, 71% reconhecem que impactou positivamente sua relação com dinheiro. Além disso, para 83% os valores ajudaram no aprendizado financeiro, além de fortalecer laços

Luciana Ikedo, planejadora financeira pela Planejar, aponta que há estudos indicando que os hábitos financeiros são formados até os sete anos de idade e estes influenciam de forma definitiva a vida adulta.

"Considerando que a saúde financeira influencia todas as demais áreas da nossa vida, incluindo a saúde mental e o relacionamento com a família, podemos sim afirmar que gestos como o dinheirinho que os avós presenteiam os netos influenciam sim os laços familiares e também a gestão financeira", diz ela.

Dirlene Silva, fundadora da DS Estratégias e Inteligência Financeira, também endossa que a mesada pode ser ferramenta educativa para ensinar responsabilidade, escolhas, que o dinheiro é finito, e, também apresentar noções de planejamento e valores.

Contudo, Ikedo, que também é autora do "Vida Financeira - Descomplicado, economizando e investindo", ressalta que nem sempre a família consegue auxiliar as crianças a fazerem a gestão desse orçamento.

"Sempre foi muito comum colocar as moedas em um cofrinho que, no final do ano, é aberto e a criança levada às compras. Mas quando o dinheiro não é suficiente, os pais tendem a completar o valor que falta. Assim, não é feita uma definição de orçamento e nem um controle de quanto dinheiro está sendo guardado. E, além disso, essa reserva que a criança fez representa um descontrole financeiro, pois moedas não deveriam ser encontradas aleatoriamente nos bolsos, fundo da bolsa ou esquecidos no carro".

Já em muitas famílias de mais baixa renda, os avós, com frequência têm um papel central muitas vezes no sustento da família como um todo. Nestes casos, em que o dinheiro pode ser necessário para comprar comida e itens de primeira necessidade, Silva lembra que o papel dos avós pode ir além do financeiro.

"Pode ser uma oportunidade para dialogar sobre prioridades financeiras, consumo consciente e a importância do planejamento, mesmo com recursos limitados. E, se mesmo assim, houver condições de dar uma mesada, ela deve representar além de aprendizado financeiro, uma forma de reforçar valores como gratidão, esforço e solidariedade", pondera.

 

 

Para que haja uma relação positiva com o dinheiro, Silva sugere que os responsáveis pela criança orientem sobre como dividir o valor recebido:

 

 

  • Poupança: se ainda não for possível comprar, explicar que é preciso guardar aquela mesada recebida para juntar com a próxima para comprar o objeto de desejo.
  • Consumo: se a criança já possui um objeto de desejo, verificar o preço do objeto e comparar quando a mesada.

 

No levantamento do Mercado Pago, entre os participantes ouvidos, 36% afirmaram que usavam o dinheiro na infância para gastar com algo que queriam comprar, enquanto 21% e 17% disseram que o destinavam a ajudar em alguma necessidade específica e para poupar, respectivamente. A intenção de poupar dinheiro em 2025 é uma meta de 31% dos ouvidos na pesquisa, o que na visão do banco digital, sugere um aumento na mudança de mentalidade em direção ao planejamento financeiro de longo prazo. Investir está nos planos de 27%.

 

Quando falar de dinheiro com as crianças?

 

Silva aponta que a partir dos seis ou sete anos é um bom momento para iniciar essa relação, pois é quando a criança já tem uma noção básica de números e começa a entender a ideia de trocar dinheiro por bens. "Devemos falar de forma mais direta e assertiva com foco na aprendizagem em si. Para os adolescentes, o processo pode incluir mais liberdade e responsabilidade, como ajudá-los a gerir um orçamento maior para cobrir parte de suas despesas pessoais".

 

Ikedo acrescenta que um grande avanço nessa caminho da educação financeira é o estímulo para o investimento.

 

Uma alternativa que pode ser pesquisada pelas famílias são os títulos do Tesouro Direto na categoria Tesouro Educa, que trazem uma estrutura de investimento pra quem começa desde criança.

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