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Ata do Copom: magnitude de próximos ajustes da Selic dependerá da inflação

04 de Fevereiro de 2025
Escrito por: Valor Investe

O Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou, na ata de sua última reunião, que a magnitude dos próximos ajustes da Selic vai depender da evolução da inflação, uma vez que a compromisso da autoridade monetária segue em trazer o IPCA de volta para a meta.

No documento, divulgado nesta terça-feira (4), o BC voltou a reafirmar a necessidade de mais um aumento de 1 ponto percentual, o que levaria a Selic para 14,25% na próxima reunião.

“O cenário se desenrolou de tal maneira que a indicação anterior de elevação de 1 ponto percentual mostrava-se a decisão apropriada”, disse a autoridade monetária.

Quais são os riscos?

  • Inflação

Segundo o Banco Central, o “balanço de riscos” feito pelo Comitê foi alterado em alguns pontos, apesar de a “desancorarem das expectativas de inflação” continuar sendo um tema de risco persistente.

“A desancoragem das expectativas de inflação é um fator de desconforto comum a todos os membros do Comitê e deve ser combatida”, diz a ata. “Foi ressaltado que ambientes com expectativas desancoradas aumentam o custo de desinflação em termos de atividade.”

Para quem não sabe, essa “desancoragem de expectativas" nada mais é do que o descasamento entre as projeções da inflação no chamado "horizonte relevante" e a meta perseguida pelo BC.

É importante lembrar que objetivo do Banco Central é de trazer a inflação para 3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Portanto, o “limite” seria de 4,5% ao ano. No último Boletim Focus, no entanto, as previsões dos economistas apontavam para uma inflação de 5,51% neste ano.

"Se concretrizadas projeções do cenário de referência, a inflação em 12 meses permanecerá acima do limite superior nos próximos seis meses", afirmou o Banco Central na ata. A projeção do Copom aponta para inflação em 5,2% em 2025 e de 4% no terceiro trimestre de 2026, o horizonte relevante atual do colegiado.

  • Economia aquecida

Outro risco presente, segundo o Banco Central, é com relação ao grau de sobreaquecimento da economia, em especial os efeitos disso na inflação de serviços. Desde o ano passado, o Banco Central já vinha alertando sobre as consequências de uma atividade aquecida, especialmente em relação ao mercado de trabalho.

É importante destacar que, de um modo geral, quando o mercado de trabalho está mais aquecido, significa que as empresas estão contratando mais trabalhadores. Então, se elas estão demandando mais mão de obra, significa que elas também estão dispostas a pagar salários nominais maiores para esses trabalhadores. E isso implica em maior custo para as companhias. Esses custos, portanto, serão repassados nos preços dos produtos. E, assim, há mais inflação.

No entanto, o Comitê afirma que "em um ambiente de taxas contracionistas e de piora das condições financeiras", há uma possibilidade de "desaceleração doméstica mais forte do que a esperada, que poderia gerar impactos desinflacionários ao longo do tempo”.

Cenário externo

Segundo o Copom, o cenário-base do Comitê segue sendo de “desaceleração gradual e ordenada da economia norte-americana, mas, além das incertezas inerentes à conjuntura econômica, há dúvidas sobre a condução da política econômica em diversas dimensões.”

Há dúvidas, no entanto, em relação a aspectos como “possíveis estímulos fiscais, restrições na oferta de trabalho, introdução de tarifas à importação e alterações importantes em preços relativos decorrentes de reorientações da matriz energética, o que pode impactar negativamente as condições financeiras e os fluxos de capital para economias emergentes”.

É importante lembrar que o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é favorável a uma série de medidas que podem aumentar a inflação por lá, como a taxação de produtos importados e a deportação de imigrantes. Com isso, o ciclo de cortes de juros promovido recentemente pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) pode se reverter caso a alta dos preços ganhe tração por lá.

Relembre a última reunião

Na última reunião do Copom, a autoridade monetária aumentou a Selic em 1 ponto percentual, conforme já havia sinalizado antes, e levou a taxa básica de juros para 13,25% ao ano. No comunicado, o BC voltou a reforçar que mais uma alta dessa mesma magnitude aconteceria, também conforme o já previsto.A ata apontou que , daqui em diante, o comitê vai acompanhar o ritmo da atividade econômica “fundamental na determinação da inflação, em particular da inflação de serviços”, além do repasse para o câmbio da inflação e as expectativas de inflação.

 



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