Por: Denise Thiengo.
Muita gente reclama de ter que controlar os gastos, e ter que anotar tudo o que gasta. Uns dizem não gostar de planilhas, outros dizem que não gostam de carregar um bloquinho de papel dentro da bolsa, e outros simplesmente dizem que esquecem ou não tem paciência para ter um planejamento financeiro.
Compreendo, isso é chatinho mesmo. Mas a maioria reclama pois não sabe o que fazer com isso depois. E quando todo esse trabalho não tem uma utilidade prática, realmente não faz sentido algum continuarmos perdendo nosso precioso tempo com aquilo.
Então vamos entender algumas razões para anotarmos nossos gastos e se você realmente precisa fazer isso.
1º caso – Tenho dívidas e não estou conseguindo honrá-las
É hora de conhecer seus gastos a fundo, fazer um raio x da sua vida financeira!
É necessário anotar tudo bem detalhado para o planejamento financeiro. Todos os gastos são importantes para entender esse cenário. Se não está sendo possível pagar as parcelas das dívidas, provavelmente sua dívida está aumentando com o tempo.
Logo, é preciso saber onde podemos reduzir os gastos para chegarmos ao cenário de pagamento das parcelas. Muitas vezes temos gastos com itens desnecessários e que não enxergamos, pois são pequenos e parecem insignificantes perto do todo.
Mas num cenário de dívida, se juntarmos vários pequeninos teremos, talvez, uma boa parte da parcela de uma dívida, ou quem sabe, até a parcela inteira. Em alguns casos, não percebemos que podemos gastar menos fazendo boas escolhas, como mudança do supermercado para outro com mais promoções, por exemplo.
Sobretudo, qualquer dos exemplos que eu possa dar aqui, só será percebido se anotarmos todos os nossos gastos e classificá-los depois no orçamento.
2º caso – Não sou endividado, mas não consigo juntar dinheiro
É parecido com a situação anterior, só não aconteceu ainda uma emergência que fizesse pegar um empréstimo. Sendo assim, é melhor conhecer seus gastos e começar a juntar sua reserva de emergência para evitar um futuro endividamento.
3º caso – Não consigo realizar meus objetivos
Quantas pessoas gostariam de fazer cursos, viagens, comprar um imóvel, entre outras coisas, mas não conseguem? Isto acontece porque os gastos não estão alinhados com seus objetivos.
No nosso dia a dia ligamos o piloto automático e não percebemos o que, de fato, fazemos com nosso dinheiro. Com certeza teremos uma boa justificativa para todos os gastos.
Mas quando percebemos que poderíamos trocar um fim de semana na pizzaria, pôr um fim de semana num parque público, por exemplo, ou ainda, deixar de comprar uma roupa de marca para adquirir uma com valor mais acessível e com esse dinheiro pagar aquele curso on line, começamos a entender que podemos direcionar nosso dinheiro para o que realmente importa para nós.
Com isso nos sentimos mais realizados e felizes! Mas também só perceberemos que essa troca é possível se anotarmos nossos gastos e analisá-los depois.
O caso geral: todos precisam conhecer suas finanças
Poderia ainda listar outras situações onde é necessário conhecer os seus gastos, mas prefiro resumir dizendo que todos nós precisamos conhecer bem o destino do nosso suado dinheiro.
Até mesmo porque, todos nós poderemos ter nossas vidas viradas de cabeça para baixo a qualquer momento (mesmo com surpresas boas), e precisaremos saber como nos adaptar ao novo cenário que se apresentará.
Então vamos lá, anotei meus gastos, e agora?
Após termos uns três meses anotados dos nossos gastos, precisamos analisar os dados. Juntar os gastos comuns, ou seja, tudo que é lazer, tudo que é moradia, saúde, etc. Só assim, conseguiremos ter um olhar mais profundo na nossa vida financeira e comparar o percentual gasto com cada coisa.
Esse percentual reflete o que você valoriza? Seus gastos estão te levando ao seu objetivo?
Caso você não veja refletido nos seus gastos o que você gostaria de ver, é hora de estudar o que pode ser feito.
A primeira tarefa é diminuir os gastos com o que não é relevante para você e, assim, aumentar os gastos com aquilo que você realmente valoriza. Ou seja, com o que te leva um passo à frente em direção aos seus objetivos. Isso pode parecer óbvio, mas não é!
Nossa rotina já está criada e nela estão inseridos aqueles gastos desnecessários. Para mudarmos todo esse caminho que já sabemos fazer, será necessário ter força de vontade e persistência. A cada impulso de consumir o que já estava acostumado, terá que recuar e lembrar do que está deixando de lado para se efetuar esse gasto.
Depois de analisar todos os gastos, suas categorias e definir quais serão as mudanças de hábito a serem inseridas na rotina, virá a parte do planejamento.
O planejamento financeiro
Aqui no planejamento financeiro é quando serão definidos os valores destinados a cada categoria e o valor que será poupado. Com esse planejamento anterior, será mais fácil acompanhar cada uma das categorias e, dessa forma, evitar aquela escorregada para o cheque especial no final do mês.
Além disso, acho importante ressaltar que esse controle de gastos pode ser feito da forma que mais lhe agradar. Você pode anotar no bom e velho caderninho, pode ter uma planilha, pode gastar tudo em débito para usar os dados compilados pelo seu banco, ou pode ainda usar algum aplicativo de controle de fluxo de caixa. O importante é ficar confortável para você!
Uma vez que sua rotina está construída e já é executada sem transtornos, os valores estipulados estão sendo respeitados e a poupança está crescendo, é hora de relaxar! Aquele controle milimétrico já não será mais necessário, pois, provavelmente, você já saberá de cor quanto gasta com cada coisa.
O trabalho inicial pode ser chato e cansativo, mas a liberdade financeira que lhe trará valerá à pena!
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